O Super Homem de Nietzsche não é o super-homem dos quadrinhos e dos filmes que estamos acostumados a ver, mas sim, uma pessoa forte e de extrema coragem. Uma coragem que existe e é exercida em meia a extrema contradições. Isso porque não existe sentido na vida, não existe sentido para nada, nem para a coragem! É exatamente por isso que esse homem é um Super Homem, porque ele entendeu isso e mesmo assim, ele é extremamente corajoso.
Esse Super Homem, mesmo sabendo que não há sentido nenhum na vida e por isso não há valor nenhum, ou moral alguma, cria para si os próprios valores, a própria moral, o próprio sentindo. Criando em si um equilíbrio perfeito da perfeição e harmonia junto com o caos, dando a ele a sua Super Força, se tornando um grande marco no processo evolutivo da humanidade.
Toda essa evolução se deu porque esse Super Homem foi capaz de compreender e tirar de sua vida algo que lhe atrapalhava de forma absurda no processo evolutivo, o último homem, ele matou Deus. Pois Deus é a expressão máxima de tudo o que vai contra a própria natureza do ser humano, Tudo o que o último homem representa, um homem dependente de muletas transcendentais para viver. tal fato é evidente quando Deus manda o homem abnegar a si mesmo e se tornar submisso do querer divino. Porém, quando o Super Homem entende isso e então vira as costas para tudo isso, ele se torna o seu próprio Deus, libertando-se para a verdadeira vida. – Friedrich Nietzsche
Essa é uma liberdade da moral, das cadeias celestiais, da angústia e a falta de um sentido, dos mandamentos divinos e das acusações internas sob a perspectiva de uma moral, ou de uma lei eterna a respeito do certo e do errado. Não há necessidade de se submeter a essas algemas, uma vez que você pode ditar aquilo que é correto para si mesmo. A sua liberdade depende de você! A sua Super Força são as regras que você mesmo descreve para si. O futuro é determinado pela força do seu querer, o sentido da vida é escrito por você mesmo sem ter nenhum tipo de interferência!
A verdade por trás do Super Homem de Nietzsche
Infelizmente essa é a grande verdade dita ao homem hoje em dia, porém o que Nietzsche sabe e conheceu muito bem em sua vida, o levou a se tornar um exemplo vivo de Rm 1.21-23.
“(…) porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram.
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos
e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis.”
Esse texto apresenta o decreto da queda do homem onde Paulo mostra que desde o Éden, a queda e toda a história tem repercutido a imoralidade e o estado enganoso que se encontra o coração do homem, e muito mais pior que isso é o fato de que mesmo tendo conhecido a Deus por meio de sua revelação geral (Sl 19.1-4; Rm 1.19-20), o ser humano ainda assim se voltou contra Deus e preferiu viver em suas práticas detestáveis e pecaminosas (Rm 1.22-32), e como Nietzsche muito bem define, o homem deve olhar para si e se fazer o seu herói em um mundo onde nada mais faz sentido. Essa é a grande questão que Nietzsche se fechou para entender, quando ele tirou Deus da equação, tudo não fez mais sentido em sua vida, e portanto, o que sobrou foi a desilusão e o nada.
Sendo assim a saída era voltar-se para si mesmo e buscar uma justificação para vida, e quando isso acontece, nós vemos nitidamente Romanos 1 sendo cumprido.
A Esperança que Nietzsche não viu
Mas existe uma única esperança para o homem caído, a qual Nietzsche se negou a ver, Rm 3.21-24;
“Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da lei, da qual testemunham a Lei e os Profetas,
justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que creem. Não há distinção,
pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus,
sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus.”
O próprio Cristo se entrega pelos pecadores que estavam separados da glória de Deus, os quais viviam para si mesmo sem perspectiva de vida. Esses que mediante a fé, tem em si, a declaração de justos perante Deus sendo redimidos em Cristo Jesus, o padrão de santidade e de uma vida com um sentido pleno e restaurado; o viver para a glória de Deus.
Qual o sentido da vida?
Se para Nietzsche tirar Deus (este que por sua vez vai contra todo o sentido natural de viver) da equação e estabelecer seus próprios princípios de vida é a chave para uma vida que mesmo sem sentido deve ser vivida dessa forma, para nós, uma vez salvos em Cristo Jesus temos em Cristo o padrão de vida, de valor, de moralidade e de sentido. O verdadeiro sentido dessa vida consiste em viver em temor e reverência a Deus, debaixo de sua vontade (Ec 12.13). Uma vez compreendido o sacrifício de Cristo na cruz, a seriedade dos pecados e a justificação em Cristo, encontra-se o sentido da minha vida, sendo, portanto, Jesus o sentido de viver. É Ele o verdadeiro Super Homem, o verdadeiro senso de moralidade e de verdade.